À espera de concurso, Depen-PR tem mais de mil cargos vagos de agente

O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) precisa de um novo concurso o quanto antes. De acordo com o sindicato dos agentes penitenciários (Sindarspen), há mais de mil cargos vagos na categoria. 

Do total de 4.131 vagas para a carreira, estão ocupadas 3.093. Assim, 1.038 precisariam ser preenchidas em uma nova seleção. Procurado pela FOLHA DIRIGIDA nesta quarta, 23, o sindicato informou que a necessidade de novo concurso Depen-PR é uma das reivindicações permanentes.

O concurso inclusive está entre as pautas para 2019, divulgadas em nota pelo sindicato, sendo considerado urgente. 

"O déficit de efetivo que se arrasta há anos é uma das questões mais urgentes a serem resolvidas e que o sindicato fará pressão já no inicio do ano ao atual governo.  Pesquisa realizada pelo Sindarspen demonstra que só cresce o nível de adoecimento da categoria, bem como o sucateamento a falta de qualidade no atendimento por falta de funcionários" diz trecho da nota divulgada pelo Sindarspen.

Em outro trecho, o sindicato afirma que se mobilizará contra a retirada de agentes penitenciários do interior das unidades para outros setores sem a devida reposição. De acordo com a entidade, essa prática desestrutura cada vez mais a atividade interna das unidades penais.

"O Sindicato é a favor da criação e do aumento dos grupos de escolta e de intervenção, porém o Governo não pode fazer isso desguarnecendo a segurança das Penitenciárias e prejudicando a segurança e saúde  dos Agentes Penitenciários que permanecem no interior das unidades", afirmam.

Na nota divulgada, o Sindarspen lembra ainda que no Plano Diretor de 2012, quando consta a criação de Grupos Especiais como SOE e Escolta, definia-se que seria necessária a contratação de 1.600 agentes. "Naquela época tínhamos aproximadamente 15 mil presos. Hoje o numero passa de 20 mil, sem a contratação de novos agentes" mencionam.

Depen-PR não tem concurso em validade 

O Departamento Penitenciário do Paraná fez seu último concurso para efetivos em 2013. Na época, foram 423 vagas de agente penitenciário, cargo que exige nível médio completo. A remuneração naquele ano era de R$ 3.568,45 mensais.

A banca organizadora foi a Coordenadoria de Processos Seletivos da Universidade Estadual de Londrina (Cops/UEL). Os candidatos foram avaliados por provas de conhecimentos e de aptidão física, avaliação psicológica e investigação social, além de curso de formação e avaliação médica.

O exame objetivo foi composto de 50 questões dividias pelas disciplinas de Matemática, Informática, Atualidades, Língua Portuguesa e Conhecimentos Específicos. Com validade de dois anos,  prorrogável por mais dois, a seleção foi estendida até 2 de julho de 2017.

Com o fim do prazo, o governo não pode mais realizar chamadas para suprir o déficit. Por isso, só o novo concurso será capaz de resolver a situação.

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