Análise de concursos federais é uma das 35 metas do governo

O Governo Federal divulgou as 35 metas para os 100 primeiros dias, entre elas a análise para concursos públicos.

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Publicado em:25/01/2019 às 11:00
Atualizado em:25/01/2019 às 11:00

As 35 metas prioritárias para os 100 primeiros dias do Governo Federal foram divulgadas. A apresentação do documento foi feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na quarta-feira, 23, em evento no Palácio do Planalto. 

Entre os objetivos, é mencionada a "Vinculação da autorização de concursos públicos à adoção de medidas de eficiência administrativa". O texto sobre a meta, divulgado pela Agência Brasil, menciona: 

"Estabelecer novos critérios condicionando a análise de demanda de concursos públicos à adoção de medidas como a digitalização de serviços, revisão de processos, readequação de estrutura e competências, adesão ao processo centralizado de compras etc".

A meta harmoniza com o discurso do governo de priorizar os concursos para órgãos com grande falta de pessoal.Também figura entre os objetivos a extinção de 21 mil funções comissionadas e gratificações, o que também pode gerar novos editais.

Ministro da Casa Civil apresenta as metas para 100 primeiros dias
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


De acordo com Onyx Lorenzoni, as metas foram selecionadas por cada um dos ministérios.

“Não são todas nem necessariamente as mais importantes. São metas que o governo vai se empenhar para ter a condição de apresentar após 100 dias de governo. Estamos apresentando metas finalísticas escolhidas pelos ministérios", disse o ministro, segundo a Agência Brasil. 

Orçamento Federal de 2019 prevê 48.224 vagas 

O ano de 2019 começou com expectativas em relação aos concursos federais. No orçamento, sancionado no dia 16 de janeiro, há a previsão de 48.224 vagas, sendo 4.851 para criação e 43.373 para provimento. O documento menciona órgãos dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. 

Além disso, há os órgãos e autarquias que necessitam de seleções em caráter de urgência. Um dos principais exemplos é o aguardado concurso INSS. O Instituto Nacional do Seguro Social tem pedido para autorização de 7.888 vagas, distribuídas pelas carreiras de técnico, perito e analista. 

A autarquia vive uma situação alarmante e pode perder 10.804 funcionários, que já apresentam condições para se aposentar.

Outro que apresenta grande necessidade de concurso é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Também com grande defasagem de pessoal, principalmente por conta das aposentadorias, o IBGE aguarda um novo concurso desde 2017. 

Em resposta à FOLHA DIRIGIDA, o órgão informou que enviará ao Ministério da Economia um novo pedido, que deverá ter 1.800 vagas. As oportunidades contemplarão os cargos de técnico e analista, para níveis médio e superior, respectivamente. 

O IBGE, responsável pela realização de grandes pesquisas nacionais, já trabalha para a realização do Censo 2020 e precisa recompor seus servidores o quanto o antes. 

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A Receita Federal pode também entrar para essa lista de "necessitados". À espera de concurso, o órgão trabalha com 40% de seu efetivo necessário para atender a todas as demandas. A afirmação foi do diretor de Comunicação do Sindireceita, Odair Ambrosio, em entrevista à FOLHA DIRIGIDA.

De acordo com ele, atualmente, o órgão conta com 28.158 servidores, dos quais 9.274 são auditores-fiscais e 6.643 analistas-tributários. Desde 2007 houve uma redução expressiva nesses quadros.

"O mais grave é que, além dessa drástica redução, 20% dos auditores, 13% dos analistas e 47% servidores administrativos já podem se aposentar e hoje recebem abono de permanência", disse.

Por isso, por mais que se contenham gastos, o governo precisará em breve recompor estes quadros, para garantir que os órgãos sigam atuando. [VIDEO id="8532"]

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