- Início
- Notícias de Concursos
- Arcabouço fiscal pode proibir novos concursos federais? Entenda
Arcabouço fiscal pode proibir novos concursos federais? Entenda
Novo arcabouço fiscal pode incluir proibição de concursos federais, caso governo descumpra meta fiscal pelo segundo ano. Entenda!
O novo arcabouço fiscal está em discussão no Congresso Nacional. O relator do texto, deputado federal Cláudio Cajado (PP BA), incluiu sanções graduais que o governo federal será submetido em caso de descumprimento da meta fiscal.
Entre elas, está a proibição de novos concursos públicos, exceto para reposições de vacância, e reajuste salarial para servidores públicos, caso o governo descumpra a meta fiscal pelo segundo ano consecutivo.
Em resumo, se o texto for aprovado e sancionado, o governo deverá seguir sanções escalonadas em caso de descumprimento da meta fiscal. Veja:
- No primeiro ano, o governo ficará proibido de: criar cargos que impliquem em aumento de despesas; alteração de estrutura de carreira; criação de auxílios; criação de despesas obrigatórias e concessão de benefício tributário.
- No segundo ano consecutivo de descumprimento, o governo ficará proibido de: realizar reajustes de despesas com servidores; admissão ou contratação de pessoal e realização de concurso público, exceto para reposições de vacância.
Mudanças no salário mínimo e no Bolsa Família foram blindadas, a pedido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O texto do relator foi finalizado na noite de segunda-feira, 15, e apresentado aos líderes partidários em reunião na residência oficial da Câmara.
A votação pela urgência do texto será na quarta, 17, para agilizar a tramitação da proposta na Casa. Por sua vez, o mérito do projeto só deverá ser votado na próxima semana, até quarta, 24.
Novo arcabouço fiscal pode trazer travas para concursos e reajustes
(Foto: Agência Senado)
O que é o novo arcabouço fiscal?
É uma série de medidas, regras e parâmetros para a condução da política fiscal do país, com o controle de gastos e receitas de um país. A proposta é considerada essencial para o crescimento da economia e a redução da taxa de juros.
O governo busca, com isso, garantir credibilidade e previsibilidade para a economia e para o financiamento dos serviços públicos como saúde, educação e segurança pública.
Governo já autorizou concursos federais com 1.444 vagas
Em 2023, até o momento, o governo federal já concedeu autorização para novos concursos que somam 1.444 vagas de níveis médio e superior. Os editais devem ser publicados nos próximos meses.
Um dos concursos autorizados é para Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Serão abertas 502 vagas, distribuídas por:
- Nível médio: Agente em Indigenismo: 152 vagas
- Nível superior: diversos cargos: 350 vagas (veja a lista completa dos cargos da Funai aqui)
As remunerações são a partir de R$5.349,07 para o cargo de nível médio e de R$6.420,87 para nível superior.
O concurso para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também recebeu aval para preenchimento de 98 vagas. A oferta será apenas para um cargo: analista ambiental, que exige o nível superior em qualquer área.
As remunerações serão a partir de R$10.014,71, já considerando o reajuste salarial sancionado pelo presidente Lula e o auxílio-alimentação de R$658.
O Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação, por sua vez, tem autorização para realizar novo concurso com 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista. Todos exigem nível superior e oferecem ganhos de R$13.718,81 a R$16.798,48.
O primeiro concurso federal a ser autorizado em 2023 foi o de Diplomata, em março. A carreira de Diplomata tem como requisito o nível superior em qualquer área e oferece ganhos a partir dos R$19 mil.
Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, responsável pela autorização de concursos federais, informou que outros avais devem ser concedidos até o final de maio.
Milhares de vagas estão em análise para órgãos como IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Ministério do Trabalho, entre outros.
Notícias mais lidas




