Bacen diz que pedido de concurso segue em análise no Governo

Banco Central confirma que pedido de concurso para 230 vagas feito em 2018 segue em análise neste ano.

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Publicado em:31/05/2019 às 15:31
Atualizado em:31/05/2019 às 15:31

O pedido de concurso, protocolado em 2018 pelo Banco Central, seguirá sendo analisado pelo governo neste ano. A confirmação veio da própria instituição em contato com a FOLHA DIRIGIDA nesta sexta-feira, 31. O órgão ainda afirma que mantém interações frequentes com a Economia nas tratativas para um novo edital.

A solicitação prevê 230 vagas, das quais 200 seriam para o cargo de analista e 30 para procurador. Ambos exigem formação de nível superior. As remunerações são de R$17.391,64 e R$19.665,67, respectivamente. Os valores já incluem o auxílio-alimentação de R$458.

Para o cargo de analista, a exigência é graduação em qualquer área. Já para procurador é preciso diploma no curso de Direito, além de inscrição na OAB e comprovação de, no mínimo, dois anos de prática forense.

(Foto: Divulgação)
Concurso Bacen depende de autorização da Economia
(Foto: Divulgação)

Vale lembrar que em abril deste ano o processo que registra a tramitação do pedido de concurso teve movimentações após dez meses parado. Na época, um ofício ao secretário-executivo do Bacen, Adalberto Felinto, cujo teor não foi divulgado. 

Concurso Bacen volta a ter movimentações no Ministério da Economia

O Bacen não possui concurso vigente. Por isso, só poderá contratar novos servidores quando os resultados de um novo edital forem homologados. Mas para que isso aconteça, o Governo precisa autorizar a seleção.

De acordo com informações do sistema de Acesso à Informação do Governo Federal, só até março de 2019 havia mais 2.700 cargos vagos no quadro do Bacen. Desse total, 379 na carreira de técnico, 2.231 de analista e 135 de procurador.

Governo quer aprovar autonomia do Bacen

Também em abril deste ano o presidente Jair Bolsonaro assinou o projeto de lei complementar que prevê a autonomia do Banco Central. Com esta independência, o Bacen não dependeria mais do aval do Ministério da Economia, ao qual é vinculado, para realizar concurso público. 

Concurso Bacen: Bolsonaro assina PL para autonomia do banco

No entanto, o texto ainda precisa da aprovação do Congresso. Já existe um projeto no Senado Federal, proposta (PLP 19/2019) de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que está em tramitação. Atualmente o Banco Central é uma instituição vinculada ao Ministério da Economia.

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também defende a independência. No dia 1º de abril, quando o assunto foi pauta no Congresso Federal, ele destacou a importância da ação para a economia.

“A independência nos coloca junto aos pares, no sentido de melhores práticas. Isso vai baratear o curso de crédito, facilitar a entrada do Brasil em níveis internacionais”, destacou o presidente do Banco Central.

Último concurso do Bacen aconteceu há quatro anos

A última vez que o Bacen abriu concurso para os cargos de analista e procurador, além de técnico, foi em 2013. A organização ficou por conta do Cebraspe (antigo Cespe/UnB).

Os candidatos a técnico e analista foram avaliados por meio de provas objetiva e discursiva, além de avaliação de títulos (apenas para analista) e programa de capacitação.O exame abrangeu Conhecimentos Básicos e Conhecimentos Específicos.

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Prepare-se para o concurso

Cursos e preparação

Para analista, a parte de Conhecimentos Básicos foi sobre Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Raciocínio Lógico, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Sistema Financeiro Nacional e Sistema de Pagamento Brasileiro e Economia.
 
Na prova específica as disciplinas variaram conforme a área de atuação pretendida. Foram oferecidas vagas em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Suporte à Infraestrutura de Tecnologia da Informação, Política Econômica e Monetária, Contabilidade e Finanças, Infraestrutura e Logística e Gestão e Análise Processual.
 
No caso de procurador, a seleção compreendeu prova objetiva, inscrição definitiva, provas discursivas, prova oral, avaliação de títulos e curso de formação, além de sindicância de vida pregressa.

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