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Casos de sucesso: vaga no concurso estava ‘escrita nas estrelas’
Alexandre Cherman se formou em astronomia e no ano em que terminava a faculdade decidiu se dedicar aos concursos públicos.
Por: Érica Bastos - [email protected]
Às vezes, quando menos se espera, as melhores oportunidades batem à porta. Foi o que aconteceu com Alexandre Cherman quando estava terminando a faculdade de Astronomia. “O destino realmente sorriu para mim com a abertura de dois concursos para astrônomo bem no ano em que me formei. Em retrospecto, acho que não tinha como eu não ter entrado na carreira pública”, disse o astrônomo, cargo para o qual não se costuma abrir muitos concursos públicos.

Planetário do Rio
(Foto: Arquivo Pessoal)
Cherman, aos 45 anos, é diretor de Astronomia no Planetário do Rio. Além disso, tem mestrado e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, cresceu em Santos, no litoral do estado de São Paulo.
Ele decidiu voltar ao Rio aos 19 anos para fazer faculdade de Astronomia. “E no Rio estou até hoje. Aqui conheci minha esposa, com quem sou casado há 22 anos. E aqui nasceu minha filha há quase 11 anos”, conta.
Formou-se astrônomo pela UFRJ em 1996. Na época, para sua surpresa, abriram dois concursos para o cargo: um para o Planetário, e outro para a Embratel, que na época era estatal. Foi como se sua vaga no concurso público estivesse ‘escrita nas estrelas’.
“A minha maior motivação em fazer os concursos foi a sincronicidade. Eu simplesmente não pude ignorar o fato de que, no ano em que eu estava me formando em uma carreira considerada de baixa empregabilidade, dois concursos públicos surgiram. Nunca cogitei em não fazer esses concursos, mas também nunca tinha me planejado para isso”, afirma.
Segundo Cherman, embora demorada, a preparação foi bem objetiva por ser um concurso diferente, com etapas com prova de aula e conhecimentos específicos de Astronomia.
“Preparar dez aulas diferentes sobre dez assuntos distintos em uma época sem PowerPoint, PDFs e Google era um desafio grande. Foram dez assuntos diferentes e, no dia da prova, apresentei a aula sobre o assunto sorteado. Confesso que fiquei nervoso e me enrolei um pouco. Poderia ter ido melhor. Mas o importante aconteceu: fui aprovado e classificado!”, relembra.
Para Cherman, carreira pública representa seguraça e realização profissional
O concursado contou com muito apoio de sua família. Seus pais lhe davam incentivo mesmo morando longe, em outra cidade. Sua namorada na época, que hoje em dia é esposa, também o encorajava. “O trato era que casaríamos assim que eu conseguisse um emprego. Passei no concurso e honrei a promessa. Estamos casados até hoje”, declara.
A preparação deu certo: o estudante foi aprovado nos dois concursos. “Inscrevi-me em ambos, e passei nos dois. Acabei optando por trabalhar no Planetário, onde estou até hoje. Já são 21 anos de dedicação a esta instituição”, diz.
Segundo o astrônomo, conseguir uma carreira pública representou segurança, tranquilidade e realização profissional. “Descobri duas vocações em mim que eu desconhecia. A primeira, de educador. A segunda é a de servidor, no sentido estrito do termo: gosto de servir à população da minha cidade. Tenho muito orgulho em trabalhar em um equipamento público de excelência, como é o Planetário do Rio”, assegura.
Para novos concurseiros, Alexandre Cherman orienta manter foco nos estudos, mas sem esquecer o que é ser um servidor.
“Estudem sempre e estudem bem. Mas, sobretudo, entendam que o serviço público é um compromisso firmado entre as partes. O Estado (que pode ser a União, algum estado ou município) te dará a segurança que você busca, mas em troca você devolverá dedicação e comprometimento. Só assim teremos uma sociedade cada vez melhor”, aconselha.
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