Concurso Ministério do Trabalho: saiba como começar os estudos

O concurso Ministério do Trabalho tem pedido para mais de 2 mil vagas. Confira dicas de professor sobre como começar a preparação.

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Publicado em:14/08/2018 às 09:04
Atualizado em:14/08/2018 às 09:04
Professor Antonio Daud JR
Professor Antonio Daud Jr
(Foto: Arquivo Pessoal)

O Ministério do Trabalho tem pedido para mais de 2.800 vagas em análise no Ministério do Planejamento e está na lista de preferência de muitos concurseiros. Mas se você ainda não começou a estudar, ainda dá tempo! FOLHA DIRIGIDA conversou com o professor de Direito do Trabalho do Estratégia Concursos, Antonio Daud Jr, que deu algumas dicas para quem vai iniciar a preparação para o cargo de auditor-fiscal do trabalho.

Segundo o professor, é indicado começar por um ciclo básico de seis disciplinas e, conforme for avançando neste estudo, incluir outras.

“Por exemplo: para quem está chegando praticamente 'do zero', sugiro iniciar por: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico/Matemática, Direito Constitucional, Administrativo, do Trabalho e SST. Considero este um ciclo estratégico de estudo, que pode facilitar a assimilação de novos conteúdos para o cargo”, explica.

Ele aconselha que após o candidato ganhar maturidade neste ciclo básico, deve inserir outras disciplinas, como Administração, Direito Previdenciário e Economia do Trabalho, entre outras. “Mantendo sempre as revisões e os exercícios das provas anteriores, para o estudo anterior não se perder em virtude da "curva do esquecimento", diz.

Como adaptar os estudos de tribunais para AFT?

Para o professor, a mudança dos estudos para este novo nicho, o concurso Ministério do Trabalho, requer planejamento específico, considerando o estágio do candidato em cada uma das disciplinas e suas condições para estudo (tempo disponível, bagagem anterior, entre outros).

“De forma direta, para quem for adaptar a preparação que vinha sendo realizada, até então focada em tribunais, para o concurso de AFT, minha dica é se pautar por dois grandes vetores de estudo:

1)  Inserção paulatina de novas disciplinas no ciclo de estudo: SST, Direito Previdenciário, Economia do Trabalho, etc;

2) Reforço de disciplinas já estudadas: principalmente, Direito do Trabalho, Constitucional, Administrativo, Língua Portuguesa, etc.

Segundo ele, a velocidade desta adaptação irá depender das condições e do tempo disponível para estudo de cada candidato, mas esta estratégia poderá otimizar tempo de preparação, rumo ao estudo de alto nível para auditor-fiscal do trabalho.

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É vantagem agora partir para o concurso do Ministério do Trabalho?

Há uma expectativa pela abertura do concurso AFT em um futuro próximo. Já há algum tempo, o Ministério do Trabalho solicitou ao Ministério do Planejamento o provimento de mais de 800 vagas, somente para o cargo. Para o professor, o alto número de vagas retrata a carência de servidores.

Segundo ele, desde o último concurso (2013) várias unidades do MTb já perderam servidores – na maioria dos casos por aposentadoria – e muitos outros, apesar de ainda estarem na ativa, já cumprem os requisitos para se aposentar. "Apenas em 2017, foram cerca de 130 vacâncias, lembrando que, no último concurso, não chegaram a ser preenchidas todas as 100 vagas do edital, ante a pontuação mínima da prova discursiva", destacou.

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Concurso Ministério do Trabalho (Foto:Divulgação)
Concurso Ministério do Trabalho: destaque deve ser para auditor fiscal
(Foto:Divulgação)

O professor argumenta que é impossível prever quando sairá a autorização ou o edital. Mas, em se tratando de concursos de alto nível, como este, com grande quantidade de disciplinas, é preciso estudar com antecedência, já que a carreira de AFT é uma das mais valorizadas e disputadas do país!

"Portanto, para quem está iniciando os estudos e realmente deseja se tornar um auditor-fiscal do trabalho, é até melhor que o concurso ainda demore mais algum tempo a sair, justamente para permitir que o candidato consiga chegar no dia da prova em condições de disputar uma vaga", afirmou.

Ministério do Trabalho aguarda autorização para 2.873 vagas

O pedido de concurso do Ministério do Trabalho é para 2.873 vagas, em diferentes cargos. Se autorizadas, as oportunidades serão para auditor-fiscal do trabalho, agente administrativo, administrador, arquivista, bibliotecário, contador, engenheiro, estatístico, sociólogo, psicólogo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e economista. 

O maior número de vagas é para auditor-fiscal do trabalho, com 1.309 vagas.  Para a função é preciso o nível superior em qualquer área. A remuneração é um dos atrativos, com iniciais de R$21.487 (valor referente a 2019). 

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Já para nível médio, o destaque é para agente administrativo, com remuneração de R$3.881,97.​​​​​​ Para esta, a escolaridade é o nível médio.  As demais vagas são todas para o nível superior e oferecem remuneração de R$5.494,09. O regime de contratação do Ministério do Trabalho para todos os cargos é o estatutário, que garante a estabilidade.

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