Concurso Polícia Civil-MT: MPE arquiva investigações sobre o TAF

O MPE-MT arquivou as investigações sobre possíveis irregularidades no teste físico do concurso para a Polícia Judiciária Civil-MT.

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Publicado em:28/08/2018 às 12:15
Atualizado em:28/08/2018 às 12:15

Após abrir inquérito para apurar possíveis irregularidades no teste de aptidão física (TAF) do concurso PJC-MT, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT) resolveu arquivar as investigações. As informações foram passadas à FOLHA DIRIGIDA pelo setor de Comunicação do órgão nesta terça-feira, 28. 

O MPE-MT informou que não foram apresentados indícios suficientes de ilegalidade para propor uma ação judicial. Ainda de acordo com o órgão, "as pessoas atingidas já haviam ingressado com ações judiciais individuais de maneira a não ser mais necessária a atuação do Ministério Público". A conclusão foi feita após a resposta do Cebraspe, banca responsável pelo concurso. 

Questionado sobre se ainda caberia recursos, o MPE esclareceu que todos os interessados foram comunicados e não há registro de pedido para revisão. No entanto, caso queiram, os participantes interessados podem recorrer ao Conselho Superior do Ministério Público. 

Investigação sobre possível irregularidade no concurso PJC-MT é arquivada.
(Foto:Divulgação/PJC)

Resultado definitivo do TAF foi divulgado no dia 23 

O resultado definitivo no teste de aptidão física do concurso para a Polícia Judiciária Civil do Mato Grosso foi divulgado na última quinta-feira, 23, no site do Cebraspe. O teste foi aplicado nos dias 21 e 22 de julho. 

O exame, de caráter eliminatório e classificatório, foi composto por quatro testes: dinâmico de barra para o sexo masculino e estático de barra para o feminino, flexão abdominal, natação e corrida de 12 minutos para ambos os sexos. 

Nesta terça-feira, 28, o Cebraspe publicou em seu site as respostas aos recursos que foram interpostos contra o resultado provisório no teste de aptidão física. 

Concurso PJC-MT já foi investigado e suspenso por 60 dias

O concurso da PJC-MT já foi alvo de pôlemicas. Após suspeita de irregularidades durante a aplicação da prova objetiva, o concurso foi suspenso por um prazo de 60 dias. Uma das suspeitas de irregularidades era a constatação dos lacres dos envelopes rompidos antes da avaliação. A prova objetiva foi aplicada no dia 8 de outubro de 2017. 

Houve também alguns relatos de candidatos em grupos do sobre vazamento das fotos dos gabaritos, bem como a suspeita de que fotos da prova circularam em grupos de estudo. 

A princípio, a Polícia Judiciária Civil ficou responsável por investigar o caso. Mas logo após, as investigações seguiram para o Ministério Público. A investigação e a conclusão do inquérito sobre as suspeitas de fraudes durou, aproximadamente, quatro meses. 

O Ministério Público concluiu que houve falha processual, uma vez que o inquérito foi baseado em uma falsa perícia que atestou violação dos envelopes das provas do concurso. A decisão de arquivamento foi do promotor de justiça Ezequiel Borges, da 6ª Promotoria de Justiça Cível da Capital.

Foram mais de 13 mil inscritos no concurso para formação de cadastro de reserva no cargo de delegado substituto. A remuneração, inicialmente, é de R$19.316,46, para jornada de 40 horas semanais.
 

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