Correios mantém admissão de funcionários por concurso público

Os Correios publicaram seu estatuto social que mantém o ingresso de funcionários por aprovação em concurso público.

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Publicado em:09/04/2019 às 09:10
Atualizado em:09/04/2019 às 09:10

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) publicou no Diário Oficial da União desta terça-feira, 9, seu Estatuto social com ajustes aprovados em Assembleia no dia 4 de abril. O texto confirma que a admissão de funcionários para os Correios permanece por concurso público.

De acordo com o artigo 109 do Estatuto, “a contratação do pessoal permanente da ECT ocorrerá por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos”. Os Correios contratam pelo regime das Consolidações das Leis do Trabalho (CLT).

O Estatuto dos Correios também confirma que as funções gerenciais e técnicas, no âmbito estadual, serão exercidas exclusivamente por empregados do quadro de pessoal da ECT. Os requisitos dos cargos, atribuições e respectivas remunerações devem ser fixados em Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

Funcionários permanentes dos Correios só poderão ser admitidos por
concursos públicos (Foto: Divulgação)

 

O último concurso para os Correios foi realizado em 2017. Na época, a oferta foi de 88 vagas em cargos de níveis médio/técnico e superior. As áreas contempladas eram Medicina, Enfermagem, Engenharia e Segurança do Trabalho.

Para as funções de carteiro e operador de transbordo, no entanto, a última seleção ocorreu em 2011. A reportagem da FOLHA DIRIGIDA entrou em contato com a Assessoria de Imprensa dos Correios nesta terça, 9, para saber sobre um possível novo concurso.

O setor respondeu que “não há perspectiva de concurso para os Correios a curto prazo”.  Em entrevista ano passado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), Ronaldo Martins, falou na urgência pela seleção.

"Nós vamos debater o concurso, porque hoje nosso déficit de pessoal é muito grande, causando uma sobrecarga no serviço, diminuindo a qualidade na entrega e prejudicando os trabalhadores. Há uma urgência, sim, na realização de um concurso público, já que temos um déficit de quase 20 mil em todo o Brasil", afirmou.

Por outro lado, a empresa já adiantou que pretende ampliar a rede para 15 mil pontos de atendimento. Hoje, são cerca de 12 mil. Para o funcionamento, os novos postos terão que contar com mão de obra. A espera por um edital de concurso para carteiro, por exemplo, chega a oito anos.

Mourão descarta privatização dos Correios

Um ponto que preocupa os interessados nos concursos Correios é a questão da privatização. Mas, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, descartou essa possibilidade.

Em janeiro, Mourão falou sobre o futuro da empresa, ao ser questionado sobre a possibilidade de privatização dos Correios. "Por enquanto, não", teria respondido, segundo a Agência Brasil.

No início das ações, FOLHA DIRIGIDA perguntou a empresa sobre a previsão de um novo concurso público. Em resposta, o setor de Comunicação dos Correios informou que:

"A companhia está reavaliando o dimensionamento da força de trabalho e equalizando as unidades, com efetivo deficitário e superavitário. Portanto, no momento não há previsão de abertura de concurso público para quaisquer dos cargos vigentes na empresa", afirmou.

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