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Funcionalismo deve recorrer da Reforma Administrativa na Justiça
Caso a Reforma Administrativa seja aprovada pelo Congresso Nacional, os servidores públicos devem recorrer das medidas no STF
Antes mesmo da Reforma Administrativa ser enviada ao Congresso Nacional, representantes do funcionalismo público já se articulam contra alguns itens do texto. A ideia é recorrer na Justiça e tomar as medidas cabíveis, após o desfecho da votação no Legislativo.
Um dos tópicos com maior rejeição na categoria é sobre a estabilidade. O governo federal já anunciou que os novos servidores terão que passar por “filtros de meritocracia” para conquistarem esse direito constitucional.
Os policiais federais, por exemplo, terão que trabalhar de três a quatro anos para atingir a estabilidade. Enquanto para os funcionários da área administrativa, esse período poderá se estender de dez a 15 anos.
Hoje, conforme determina a Constituição, após a aprovação em concurso público, os profissionais passam pelo estágio probatório de três anos para chegar à estabilidade na carreira. Mudar esse sistema não tem agradado o funcionalismo.
As categorias do funcionalismo tentarão formas para barrar essa e outras propostas no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma vez que a reforma ainda prevê a redução de carreiras e a progressão salarial. O objetivo do Executivo é diminuir as remunerações dos servidores em início de carreira.

público (Foto: Governo Federal)
Dessa forma, a progressão terá mais níveis, para que os profissionais demorem mais tempo para chegar ao topo final da carreira. Com tal medida, a equipe econômica quer aproximar o salário inicial do concursado a de um trabalhador do setor privado.
Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Economia já afirmaram que a estabilidade dos atuais servidores não será afetada. Os direitos adquiridos pelos funcionários públicos serão assegurados com a reforma.
Até porque os governistas sabem que que seria quebra de um direito adquirido e facilmente derrubado por decisão judicial.
+ Reforma Administrativa será realizada em diferentes fases
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Reforma Administrativa deve ser enviada em fevereiro
De acordo com Bolsonaro, a Reforma Administrativa deve chegar ao Congresso Nacional em fevereiro, na forma de Proposta de Emenda à Constituição (PEC). O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que essa será uma das pautas prioritárias para 2020.
A meta, conforme o parlamentar, é que as propostas sejam aprovadas na Casa até o fim do primeiro semestre. O governo também revelou que o pacote de mudanças para o serviço público será realizado em diferentes fases.
De maneira que todas as alterações sejam implementadas até 2022. O posicionamento foi passado pelo secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, no dia 16 de janeiro.
A primeira parte enviada ao Congresso será na forma de PEC, justamente por tratar de mudanças que estão previstas no texto constitucional. Por exemplo, a questão da estabilidade para os futuros servidores.
Depois, a equipe econômica estuda enviar outras alterações que não precisam de ajustes na Constituição. Elas também servirão para reforçar a linha da PEC.
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Em pesquisa do Datafolha, 58% defendem a estabilidade
Em pesquisa realizada pelo Datafolha, 58% dos entrevistados concordam com a garantia de estabilidade aos servidores. Outros 39% não compactuam com esse direito constitucional. Os números foram coletados de 8 a 14 de maio de 2019, em todas as regiões, e publicados pelo Jornal Folha de São Paulo.
Com a Reforma Administrativa, o governo quer rever quesitos como estabilidade e avaliação dos servidores. Para os atuais funcionários, a ideia é criar um sistema de notas.
O ministro Paulo Guedes também anunciou, no dia 9 de dezembro, que para ter estabilidade os aprovados em concursos poderão passar por uma avaliação de desempenho pela população. A ideia é que o direito só seja concedido se os cidadãos avaliarem positivamente os serviços do profissional.
De acordo com o ministro da Economia, será preciso analisar se o servidor realmente faz um bom atendimento à população.
“Assim que ele acabou de fazer um serviço, pode ser para tirar uma carteira de identidade, de motorista ou ser atendido para tirar dúvidas a respeito de sua aposentadoria, quando a pessoa sai, ela aperta um dos três botões: o verde, bem atendido, o amarelo, serviço normal, ou o vermelho, pessimamente atendido”, disse o ministro, segundo a Folha de São Paulo.
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