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Marcelo Trindade quer concursos para repor aposentadorias
Marcelo Trindade, do partido Novo, fala sobre suas propostas de governo para o Estado do Rio de Janeiro nas Eleições 2018.
As Eleições 2018 estão se aproximando. No dia 7 de outubro os eleitores irão às urnas para escolher presidente, governadores, senadores e deputados federais, estaduais ou distritais.
FOLHA DIRIGIDA inicia, a partir desta quinta-feira, dia 30, uma série de reportagens com os candidatos a governador do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é levar aos eleitores as propostas de cada candidato a respeito de temas relacionados aos concursos e ao serviço público em geral.
O primeiro a apresentar suas propostas é o advogado, professor de Direito e ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Trindade, do partido Novo. O candidato destacou, caso seja eleito, que priorizará as áreas de Segurança e Educação. Dessa maneira, segundo o candidato, será possível ajudar o Estado a se reerguer da crise econômica que enfrenta há quatro anos.
"Temos que enfrentar vários problemas ao mesmo tempo. O Rio de Janeiro tem urgência. O primeiro ponto é a questão da Segurança. Sem Segurança e sem redução dos níveis de violência que nós temos no Rio, não é possível retomar a atividade econômica"
Segundo Trindade, as atividades econômicas do Estado ficam abaladas por conta da regularidade de crimes que afetam a iniciativa privada e o turismo, como os roubos de cargas, assaltos e tiroteios. "Menos atividade econômica significa menos tributos, menos Educação e Saúde e pior qualidade do estado."
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Política de concursos
Propostas para Cedae
Propostas para os servidores públicos
Entre as propostas do candidato do Partido Novo está o investimento em Ciência, Tecnologia e Educação. "Atualmente gastamos 40% do nosso orçamento com Segurança e 25% com Educação e precisa ser o contrário. Investir em educação é investir em Segurança, previnir a violência e evitar o crime", reforçou.
Marcelo Trindade também tem planos para os servidores públicos. O candidato defendeu que esses profissionais devem ser valorizados e que os cargos de chefia sejam concedidos a eles. Isso ajudaria a estruturar um governo mais técnico. "Temos milhares de servidores que entendem bem sobre as necessidades do nosso estado", justificou.

o serviço público fluminense (Foto: Letícia Santos)
Em relação à alíquota previdenciária dos servidores, que sofreu um aumento de 11% para 14%, Trindade é enfático: "Sem dúvida nenhuma esse percentual deve ser mantido. O Estado quebra se voltar a 11% e quem disser qualquer coisa contrária é um mentiroso."
Segundo Trindade, o Regime de Recuperação Fiscal, acordo firmado entre o Governo do Rio e a União, também deverá ser mantido. O candidato afirma que o governo fluminense não tem condições de pagar suas dívidas com a União e, por isso, seria uma irresponsabilidade desfazer o plano.
"Claro que todo o plano pode ser ajustado por negociação, mas não há nenhum cenário de descumprimento da recuperação fiscal", destacou.
Trindade defende privatização da Cedae
Tema polêmico na sociedade e principalmente entre os concurseiros, a privatização da Cedae traz vários debates. Marcelo Trindade Já se posicionou publicamente sobre o assunto. É a favor da privatização da companhia, por acreditar que a empresa só gera lucro para o estado e não cumpre como deveria as suas obrigações.
"A Cedae fatura R$4 bilhões, gera R$2 bilhões de caixa livre por ano e investe só R$250 milhões e o resto vai para o bolso do estado. Fazer o saneamento universalizado no Rio de Janeiro custa mais ou menos R$30 bilhões de reais. Se continuarmos gastando R$250 milhões por ano, vamos demorar mais de 100 anos para fazer isso e não podemos esperar", explicou.
Sendo assim, o candidato entende que, privatizada, a Cedae será administrada com outra qualidade e servirá melhor aos interesses públicos. "Privatizada, a Cedae vai investir aquilo que o estado manda investir porque, se não atender as metas, a concessão é tomada e vendida para outra empresa", concluiu.
Aposentadorias guiarão política de concursos
Sobre a abertura de concursos públicos, Marcelo Trindade mencionou um critério que adotará. Disse que, se eleito, abrirá seleções apenas para repor as vagas que surgirem por aposentadorias.
"O Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 430 mil servidores e nós precisamos fazer o melhor que pudermos com esses profissionais. Muitas pessoas estão sem emprego e precisamos criar vagas para elas. Mas, infelizmente, o estado está quebrado e não vai ser ele o órgão capaz de gerar essas vagas", justificou. FOLHA DIRIGIDA questionou o candidato sobre suas propostas para as principais para áreas que apresentam déficit de servidores e demandam novas seleções. Confira a seguir.
⇒ Área fiscal
Marcelo Trindade afirmou que abrirá concurso apenas para suprir as vagas já existentes e que estão em aberto. O candidato reconhece a importância de uma equipe qualificada para arrecadar e combater a sonegação, mas destacou que a tecnologia pode auxiliar neste trabalho.
⇒ Educação
Nesta área Trindade sugere a possibilidade de concursos para diretores de escola. A proposta faz parte de uma estratégia para motivar os professores do estado. "Precisamos fazer muito mais com esse número de professores que temos hoje. Isso só será possível se estimularmos esses profissionais adequadamente. Para isso, podemos premiar o resultado das escolas e acabar com as nomeações políticas."
Quanto às universidades estado, como Uerj e Uezo, a ideia é conquistar o apoio da iniciativa privada. "Vamos usar investimento privado em conhecimento, inovação e tecnologia para cooperar com o conhecimento produzido na universidade e nas escolas técnicas em geral. Também vamos contar com o apoio da Faperj, para que possamos dar condições dignas e corretas para o desenvolvimento dessas instituições."
⇒ Segurança
Para a área de Segurança a proposta é investir na reposição de pessoal para vagas existentes e nos equipamentos necessários para apoiar o trabalho dos policiais. Além disso, o objetivo é garantir a estabilidade nos comandos tanto da Polícia Militar, quanto da Civil e investir em estratégias de inteligência. A Secretaria de Administração Penintenciária seguirá o mesmo modelo.
"O desafio e a solução para a área policial não é diferente das outras áreas. Não se trata de contratar mais gente e sim preencher as vagas que existem e, principalmente, dar tecnologia e aparatos para que essas pessoas possam trabalhar. A área de polícia técnica precisa de softwares, computadores e demais equipamentos para funcionar", enfatizou.
⇒ Saúde
Trindade deve manter as organizações sociais (OSs), durante o seu mandato. "As OSs devem ser analisadas caso a caso. É preciso fazer uma auditoria do modelo, descobrir o que está dando certo e o que não está. Precisamos fazer auditorias para saber onde há fraudes, mas, por outro lado, o modelo de gestão mais eficiente das unidades deve ser considerado e não devemos abandonar a ideia de uma organização privada que tenha metas adequadas de qualidade de atendimento."
⇒ De Trindade para os concurseiros
Por fim, Marcelo trindade deixou uma mensagem aos seus eleitores, sobretudo aqueles que acompanham a FOLHA DIRIGIDA e sonham com uma vaga no serviço público.
"Minha mensagem para meus eleitores e, principalmente, para os leitores da FOLHA DIRIGIDA que estão procurando uma oportunidade de sair desse nível altíssimo de desemprego é: a escada se lava de cima para baixo. Se tivermos um governador sério, ético e competente, de cima para baixo lavamos essa escada que é o Rio de Janeiro e isso vai gerar riqueza e oportunidade de emprego para todo mundo. Se continuarmos mais do mesmo, votando nas mesmas pessoas e nos mesmos partidos, não vamos resolver. Não adianta trazer um secretário bom disso ou daquilo porque esse cara não consegue lavar a escada de baixo para cima."
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