Ministério da Economia estuda privatização dos Correios

Divulgação do estudo feito pela Ministério da Economia está prevista para quando a venda dos Correios for formalmente anunciada.

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Publicado em:05/08/2019 às 15:09
Atualizado em:05/08/2019 às 15:09

De acordo com informações publicadas pelo G1, na última sexta-feira, 2, os argumentos para privatização dos Correios já estão sendo firmados em estudos feitos pelo Ministério da Economia. A previsão é que o documento seja divulgado à imprensa quando a venda da estatal for formalmente anunciada.

Segundo a reportagem, entre os motivos que colaboram para privatização estão: corrupção, ineficiência, rombos bilionários, greves constantes e perda de mercado para concorrentes privados.

Durante palestra realizada na Universidade Feevale, em Nova Hamburgo, na quinta, dia 1°, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que depois da venda do controle da BR Distribuidora, os Correios seriam a primeira empresa estatal a ser privatizada.

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Correios
O estudo feito pelo Ministério da Economia lista oito razões para a privatização
(FOTO: Divulgação)

 

Ainda de acordo com o portal de notícias G1 o estudo lista oito razões para a privatização dos Correios:

• Histórico de interferência política e corrupção;
• Rombo de mais de R$11 bilhões no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários; 
• Postal Saúde com passivo atuarial de R$3,9 bilhões
• Greves constantes e má avaliação dos serviços pelos usuários
• Barreira logística para o pequeno empresário;
• O ativo se tornará um passivo invendável;
• Mesmo com imunidade tributária de R$1,6 bi ao ano, não paga dividendos ao Tesouro desde 2014;
• R$21 bilhões adicionais no teto de gastos.

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Outro fator relevante é que os Correios estão perdendo mercado rapidamente no seguimento de e-commerce, representado pela entrega de produtos comprados pela internet. Em 2013, os Correios representavam 81%, em 2015, 73,1%, e em 2017, apenas 58,9%.

Enquanto isso, transportadoras privadas e frota própria subiram de 15% e 4% em 2015 para 30,4% e 10,6% em 2017, respectivamente.

Assessoria informa que não há previsão de novo concurso

Em abril desse ano, foi publicado no Diário Oficial da União, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos publicou seu estatuto social com ajustes aprovados em Assembleia no mesmo mês. O texto confirmava que a admissão de funcionários dos Correios permaneceria por concurso público.

Também no início do ano, em janeiro, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, descartou a privatização dos Correios. A declaração foi feita durante comemorações dos 356 anos da empresa e do dia do carteiro, celabrados dia 25 de janeiro. 

FOLHA DIRIGIDA entrou em contato com a assessoria de comunicação da estatal a fim de obter respostas sobre a possível privatização. No entanto fomos informados que tal questão deveria ser respondida pelo Governo Federal, portanto não caberia aos Correios respoderem.

Ainda de acordo com a assessoria, não há previsão de concursos público para os Corrreios. 

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