Sem concurso, Ministério da Fazenda registra 2.346 aposentadorias

Sem concurso em validade, Ministério da Fazenda vem perdendo servidores por aposentadorias. Nova seleção aguarda autorização.

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Publicado em:11/10/2018 às 06:56
Atualizado em:11/10/2018 às 06:56

Sem concurso em validade há mais de dois anos, o Ministério da Fazenda vem perdendo um expressivo número de servidores. O motivo são aposentadorias que cresceram nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério do Planejamento,  em 2016, de junho a dezembro, foram 421 aposentados. Já em 2017 o número chegou a 1.145.

 Ministério da Fazenda aguarda nova autorização de concurso

Em 2018, até o mês de agosto, foram registradas 780 aposentadorias. Somados, de 2016 a 2018 o Ministério perdeu 2.346 servidores, número que deve aumentar até dezembro. 

Com o último concurso expirado em 2 de junho de 2016, o órgão aguarda autorização do Planejamento para repor seu quadro.

O pedido em análise é para 1.312 vagas em cargos dos níveis médio e superior da área de apoio.

No nível médio, a função é de assistente técnico-administrativo, para a qual foram solicitadas 904 vagas. Já o nível superior tem 408 oportunidades, com destaque para analista técnico-administrativo (257 vagas).

A remuneração inicial para nível médio é de R$4.137,97 e para nível superior de R$5.490,09. Nos dois casos está incluso o auxílio-alimentação, de R$458.

Apesar de os cargos serem parte da estrutura do Ministério da Fazenda, a maioria dos aprovados costumam ser lotados na Receita Federal. 

Concurso Ministério da Fazenda não terá Esaf como banca

Uma notícia recente pegou os concurseiros da área de supresa: a Esaf, que costuma ser a organizadora dos concursos Ministério da Fazenda, não ficará mais responsável pelas seleções da Pasta. A decisão partiu de resolução do Comitê Estratégico de Governança da Fazenda (CEG).

No documento, o Ministério da Fazenda indica que a Escola de Administração Fazendária não aplicará mais as provas e será responsável apenas pela contratação e fiscalização de bancas organizadoras, para as primeiras etapas dos concursos para órgãos fazendários.

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A expectativa agora é qual será a nova banca a assumir os concursos. Entre as mais cotadas estão a FGV, o Cebraspe e a FCC. Segundo o professor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto, a aposta principal é a Fundação Getúlio Vargas.

"A minha opinião, e também conversando com outros professores da Central, é que a FGV seja a escolhida. É a que mais tem a ver com a prova da Esaf e mais parecida em termos de complexidade, de forma de perguntar", explicou. 

Além da Receita Federal, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também tem solicitação de concurso público. O pedido é para o preenchimento de vagas nas carreiras de analista, inspetor e agente executivo, para 2019.

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