Ministro Caio Luiz vai lutar por concurso do Ministério do Trabalho

Em reunião com o novo ministro do Trabalho, Caio Luiz , Sinait alertou para necessidade do concurso Ministério do Trabalho em 2018.

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Publicado em:24/07/2018 às 09:26
Atualizado em:24/07/2018 às 09:26

Após tomar posse, no último dia 10, como novo ministro do trabalho, o advogado Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello se reuniu com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), para conhecer as questões prioritárias da categoria. Entre as demandas apresentadas esteve a realização de concurso para o Ministério do Trabalho, na carreira de auditor-fiscal.

O Sinait teve sua primeira audiência com o novo ministro do trabalho, Caio Luiz, no dia 17 de julho. Para o Sinait, a realização da seleção é um ponto crucial, já que a carreira possui mais de 1.300 cargos vagos e cerca de 500 auditores-fiscais do trabalho em condições de se aposentar. 

"Não há fiscalização sem fiscais", pontuou o presidente do Sinait, Carlos Silva, para mostrar ao ministro Caio Luiz que muitas unidades do Ministério do Trabalho estão "estranguladas" pela falta de pessoal.

Sinait se reúne com novo ministro do Trabalho, Caio Luiz, e apresenta concurso como prioridade. (Foto: Divulgação/Sinait)
Sinait se reúne com novo ministro do Trabalho, Caio Luiz,
 (Foto: Edu Andrade/ Ascom Ministério do Trabalho)

O Sinait considerou que há espaço para tentar uma autorização de concurso ainda este ano, utilizando o residual do orçamento. De acordo com o sindicato, esta opção para a realização da seleção foi apresentada ao ministro do Trabalho, para que ele se empenhe pessoalmente junto ao governo para conseguir esta autorização. 

"A falta de auditores-fiscais causa transtornos de toda ordem. Tem impacto na segurança dos colegas, que agem sozinhos em ações de risco. E também problemas de toda sorte, especialmente a situação de trabalhadores não atendidos em face do exíguo quadro", afirmou o presidente do Sinait, Carlos Silva.

O novo ministro do Trabalho, Caio Luiz, se comprometeu a avaliar a situação e buscar uma solução, reconhecendo que o problema é grave. O presidente do Sinait informou ainda ao ministro as ações que o sindicato tem empreendido na busca pela autorização do concurso público do Ministério do Trabalho. 

Além disso, o Sinait  também comentou sobre a promessa do Ministério do Planejamento não cumprida e a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019, que não prevê concurso para a Auditoria-Fiscal do Trabalho.

Sindicato estuda exceções diante da LDO 2019

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já foi aprovada e aguarda a sanção presidencial. Entre as restrições no orçamento para o próximo ano está a nomeação de aprovados em concursos que não estejam dentro das áreas de exceções permitidas, como: Saúde, Segurança, Educação, Defesa Nacional, carreira de diplomada e a Agência Nacional das Águas (ANA).

Caso a LDO 2019 seja aprovada, o concurso para o Ministério do Trabalho pode não ser autorizado. Caso haja a autorização, é possível que as nomeações sejam proibídas durante o próximo ano. 

No entanto, segundo o Sinait, a reposição do quadro de auditores-fiscais do Trabalho deve ser prioridade para o governo, sendo o fortalecimento da inspeção do trabalho uma necessidade, sob pena de restarem prejudicadas áreas como a fiscalização do trabalho escravo e infantil, o combate à informalidade e a arrecadação do FGTS.

Além disso, o presidente do Sinait acrescentou que, na Inspeção do Trabalho, há uma particularidade no que se refere à sua organização, que está sob a proteção de instrumento internacional. Este argumento, porém, pode ser apresentado futuramente, como uma exceção diante da LDO 2019.

Ainda de acordo com Carlos Silva, o Brasil tem sido alvo de análise da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em razão do número de auditores-fiscais do Trabalho. 

"A carreira está no seu limite. Precisamos ampliar o quadro", afirmou.

Ministério do Trabalho pede 2.873 vagas para concurso

O Ministério do Trabalho tem um novo pedido de concurso no Ministério do Planejamento. Em junho deste ano, a pasta confirmou que solicita novas vagas para seu concurso

No total, são pedidas 2.873 vagas distribuídas pelas funções de auditor-fiscal do trabalho, agente administrativo, administrador, arquivista, bibliotecário, contador, engenheiro, estatísitico, sociólogo, psicológo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e  economista. Confira a quantidade de vagas por cargo! 

Como já esperado, o maior quantitativo do concurso MTE é para o cargo de auditor fiscal do trabalho.

Para concorrer a esta função, os candidatos devem ter nível superior em qualquer área. A remuneração é um dos atrativos da função, com inicial de R$21.487 (valor referente a 2019). 

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O Ministério do Trabalho tinha feito pedido, em 2017, para 2.595 vagas. Deste total, 1.190 eram para auditor-fiscal. O novo pedido demonstra um aumento no quantitativo deste cargo, tendo em vista as aposentadorias dos auditores. 

Não muito atrás, a função de agente administrativo também teve um alto número de vagas pedidas: 1.307. A exigência para o cargo é o nível médio. A remuneração é de R$3.881,97. 

As demais oportunidades devem ser para o nível superior. Nestes cargos, os iniciais são de R$5.494,09. O regime de contratação  de todos é o estatutário,  que gantante a estabilidade.

MT tem déficit de 1.300 auditores 

Segundo o Ministério do Trabalho, atualmente, o número de auditores fiscais em seu quadro é de 2.350, quantidade que o próprio Ministério admite ser insuficiente. Conforme levantamento do Sinait, o déficit  de auditores chega a 1.300 servidores.

"Esse déficit representa 30% do quadro, cujo ideal são 3.644 auditores. A média atual é de 150 a 170 aposentadorias por ano. Sem as reposições desde 2013, a necessidade é preocupante. Para piorar, a última seleção foi para 100 vagas, sem que todas fossem preenchidas, já que não houve aprovados suficientes",  afirmou o representante do sindicato, Carlos Silva. 

Confira plano de estudos para carreira de auditor-fiscal

O último concurso do Ministério do Trabalho para auditor-fiscal aconteceu em 2013, sob organização do Cespe (atual Cebraspe). Abaixo, FOLHA DIRIGIDA separou um material de estudos completo, para quem deseja se preparar para o próximo concurso do MT. Confira! 

Veja provas anteriores do concurso MTE

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