Zema nomeia 425 investigadores aprovados no concurso PC-MG

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, nomeou 425 investigadores aprovados no concurso da Polícia Civil como excedentes, em 2014. A lista com os nomes foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 4.

A convocação dos novos policiais só foi possível após a aprovação por parte da Câmara de Orçamento e Finanças (COF). Além da nota técnica da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) tratando da legalidade do ato conforme rege a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A diretora da Academia de Polícia Civil (Acadepol), delegada-geral Cinara Liberal, explicou que os futuros investigadores passarão por exames admissionais. Depois, serão submetidos ao curso de formação profissional.

“Eles farão o curso técnico de formação policial, que tem duração prevista de quatro meses. Após a conclusão, os policiais serão designados para atuar em unidades determinadas pela Superintendência de Investigação de Polícia Judiciária (SIPJ). Os melhores colocados escolhem em qual das delegacias relacionadas pela SIPJ querem servir”, disse.

As unidades policiais disponíveis para lotação são: Belo Horizonte, Barbacena, Curvelo, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz de Fora, Lauras, Montes Claros, Patos de Minas, Pouco Alegre, Poços de Caldas, Unaí, Uberaba e Uberlândia.

Segundo o chefe da PC-MG, Wagner Pinto de Souza, a nomeação ocorre em um momento relevante para a Segurança do Estado.

“A chegada dos investigadores vai contribuir para intensificarmos o combate à criminalidade violenta. A redução dos crimes violentos é uma das principais metas da nossa gestão. Assim, conseguiremos aumentar a sensação de segurança da população”, avaliou.

Divulgado em 2014, o edital concurso Polícia Civil-MG teve oferta de mil vagas para investigador. Para se candidatar foi preciso ter nível superior em qualquer área. O salário é de R$2.766,94, para carga horária de 40h semanais. O regime de contratação é o estatutário, que garante a estabilidade empregatícia.

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Déficit na PC-MG é de 43%, revela chefe da corporação

A nomeação dos 425 novos investigadores não será capaz de suprir o déficit total da carreira. O ideal seria a contratação de mais 4.815 investigadores. Os dados foram passados pelo chefe da PC-MG, Wagner Pinto de Souza, no dia 26 de junho, durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado (ALMG).

A previsão legal é que Minas Gerais tenha 17.517 policiais civis em diversas carreiras. O Estado, porém, conta com apenas 9.902 agentes. De acordo com o chefe da corporação, isso representa um déficit de 43% ou mais de 7 mil profissionais.

Sem novos concursos PC-MG e chamada de aprovados, a Polícia Civil de Minas Gerais trabalha com pouco mais da metade do pessoal necessário. Para resolver o problema, o governo tenta recompor os quadros na medida do possível. 

Segundo Pinto de Souza, 76 delegados tomaram posse em junho e iniciaram curso de formação esta semana. Nesse caso, eles estarão prontos para ir a campo no período de três meses.

O chefe da Polícia Civil de Minas também destacou que o concurso para escrivão, que está em andamento, deve ser homologado nos próximos dias. A previsão é que sejam nomeados 119 escrivães.

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PC-MG estuda abrir um novo concurso público

Para solucionar o grande déficit de pessoal, a Polícia Civil de Minas Gerais já iniciou estudos técnicos para viabilizar um novo concurso. Em resposta à FOLHA DIRIGIDA no dia 19 de junho, a corporação destacou que o novo edital de concurso PC-MG deve contemplar as carreiras de:

• Peritos criminais e médicos legistas: R$8.874,60
• Analista da Polícia Civil: R$2.782,16 
• Técnico assistente da Polícia Civil: R$1.530,18 

Além dos vencimentos, os agentes da PC-MG têm direito a outros benefícios, com valores variáveis. Os cargos de perito, médico e analista exigem nível superior. Já para ser técnico o requisito é o nível médio completo. 

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Para que o edital seja divulgado, a instituição precisa ainda considerar o orçamento e observar os parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vale destacar que as quatro carreiras não possuem concurso com prazo de validade vigente.

Por isso, não há cadastro de aprovados válidos para suprir o déficit por aposentadorias, mortes, exonerações e desligamentos em geral. 

Convocação para o curso de formação assegura vaga no concurso? Descubra no vídeo abaixo: [VIDEO id="8506"]